Em Portugal, desperdiçam-se quase 2 milhões de toneladas de comida por ano. O Banco Alimentar afirma que está a tentar combater esta tragédia, encaminhando as sobras para quem mais precisa.
Há 1,8 milhões de toneladas de alimentos que são desperdiçadas todos os anos. O Banco Alimentar tenta combater este desperdício ao distribuir excedentes de produção por várias associações. São mais de cem toneladas de comida, que, todos os dias, saem dos armazéns da organização e são distribuídos por quem mais precisa.
É ao início da manhã que todos os dias começam os trabalhos no armazém do Banco Alimentar em Alcântara, para que, diariamente, sejam distribuídas 40 toneladas de comida por mais de 400 associações.
“O pão de ontem tinha como destino provável o lixo. Recebemos muito pão, muita fruta, queijos, charcutaria, iogurtes. Muitos produtos", refere a Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar.
Ajuda chega a 4% da população portuguesa
A comida, que chega aos vários armazéns do Banco Alimentar, não só combate a fome, ao ajudar cerca de 4% da população portuguesa, mas também luta contra o desperdício.
Dos mercados, padarias, produções agrícolas e industriais chegam ao Banco Alimentar os mais variados tipos de alimentos. Até chegarem às instituições, passam por uma cadeia logística.
“Segmentamos os produtos (...) de acordo com a necessidade de cada instituição. Por exemplo, a Comunidade Vida e Paz, que dá ceias a [pessoas] sem-abrigo na cidade de Lisboa, não vai receber arroz ou azeite, porque esse não é o tipo de alimentação que se distribui na rua”, explica Isabel Jonet.
Mas não só de comida se faz a missão de desperdício zero do Banco Alimentar. A organização recolhe também produtos não alimentares, que vão desde material escolar, a detergentes ou móveis.
O objetivo é que o lixo deixe de ser o destino final e que, em vez disso, casas, escolas e instituições recebam estes produtos.