Começaram a ser retiradas algumas tendas onde viveram imigrantes, junto à igreja dos Anjos, em Lisboa.
As cerca de 15 tendas que foram desmontadas e retiradas entre esta quinta e sexta-feira já estavam vazias há algumas semanas e foram os que ainda lá pernoitam que quiseram começar a limpar.
"Eles não se sentiam seguros com as tendas estarem vazias e poderem ser ocupadas por outras pessoas", garantiu Mariana Carneiro, da SOS Racismo
Esta sexta-feira de manhã metade da rua já estava desocupada.
Cerca de 60 imigrantes que lá pernoitavam há meses conseguiram a documentação para ficarem em Portugal e também conseguiram trabalho.
"Estão em muitas zonas do país (…) espalhados pelos setor da pesca, da agricultura e da construção civil", explicou.
Houve quem tivesse recebido propostas de trabalho controladas pelos ativistas, mas não todos.
A SOS Racismo admite que a retirada das cerca de 60 pessoas das ruas de Lisboa só foi possível graças aos esforços de várias entidades, como a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) e as embaixadas.
"Tudo foi possível com uma articulação, um esforço entre ativistas, a agência de imigração e a embaixada do Senegal, por exemplo", disse ainda Mariana Carneiro.
Dizem que as casas prometidas pela autarquia em abril nunca chegaram, tanto que ainda ficaram entre 15 a 20 migrantes em tendas que continuam à esperam da documentação.