Na primeira ida ao parlamento, depois da fuga de Vale de Judeus, a ministra começou por lembrar as dificuldades que encontrou na Justiça desde que assumiu o cargo.
“Tribunais onde chove, audiências em contentores, prisões sem água, instalações inseguras, edifícios degradados, espaços exíguos, falta de acessos, elevadores avariados… de tudo encontrámos”, disse Rita Alarcão Júdice, ministra da Justiça.
Admite a falta de guardas prisionais e, por vezes, até o não cumprimento dos direitos dos reclusos e da respetiva reintegração na sociedade
“Quando eu digo que encontrei a Administração Pública muito pior do que eu imaginava, estou a dizê-lo com toda a sinceridade. É verdade, encontrei o que eu não esperava encontrar”, confessou Rita Alarcão Júdice.
Dificuldades para as quais garante estar atenta para evitar novas fugas vistas como um embaraço internacional para o Estado português. A ministra garante que não sabia de qualquer falta de segurança em Vale de Judeus
“A única situação que alguma vez nos tinha sido reportada e que foi acautelada e tratada foi a falta de água”, revelou a ministra.
E revela que no dia da fuga o protocolo a seguir estava “desatualizado, a referir-se ao SEF, com contactos de telefone que não funcionavam”. Admite que é preciso mais investimento no meio prisional e as primeiras medidas já foram tomadas e entram em vigor já em janeiro
“Vamos avançar com 205 promoções. 45 chefes, 150 guardas prisionais, 5 chefes principais, 5 comissários principais”
Anunciou também a renovação do parque automóvel. 10 novas viaturas celulares serão entregues na próxima semana e promete outras 150 para breve.