A ex-ministra da Justiça diz que a prisão de Vale de Judeus tinha já em 2015 sistemas de videovigilância e não torres de vigia.
Ouvida no Parlamento, Francisca Van Dunem disse que durante o tempo em que foi ministra não lhe foram relatadas falhas nesse sistema, mas que a decisão de o ter em pleno funcionamento é de gestão e não política.
“Quando iniciei funções em 2015 já não havia torres de vigia em Vale de Judeus, como não havia noutros estabelecimentos. Sobre este caso concreto, quando cessei funções, em março de 2022, não eram do meu conhecimento nem me foram relatados nem existiam quaisquer constrangimentos associados à segurança”, afirmou.
A fuga de Vale de Judeus
Cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, a 7 de setembro.
Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.
Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.