Depois de muitas concessões, as diferentes forças políticas do município de Lisboa, incluindo o presidente da Câmara, Carlos Moedas, acabaram por aprovar por unanimidade uma moção conjunta assente em várias exigências: reduzir o número de movimentos por hora e impedir qualquer aumento da capacidade aeroportuária do Aeroporto Humberto Delgado.
“Demos um exemplo do que é conseguir trabalhar acima dos partidos e chegamos a um consenso", diz o autarca Carlos Moedas. "Fazemos justiça às centenas de pessoas que são prejudicadas pelo funcionamento do aeroporto", comenta o vereador João Ferreira.
A Câmara de Lisboa também quer encerrar o aeroporto num prazo inferior a 10 anos e eliminar os voos noturnos o mais rapidamente possível.
Saúde está em causa
Segundo os especialistas, o ruído e a poluição atmosférica associados às operações do aeroporto estão a prejudicar gravemente a saúde dos residentes em Lisboa, com riscos acrescidos de doenças respiratórias, cardiovasculares e mentais.
Carlos Moedas diz que, quando o novo aeroporto de Alcochete estiver em funcionamento, Lisboa passará a ter zero movimentos de aviões na cidade.
A autarquia defende a construção rápida da estrutura em Alcochete, referindo que a infraestrutura base poderá estar concluída em cinco anos.