O Ministério da Administração Interna esclareceu esta quarta-feira que não há (nem nunca houve) qualquer risco de acesso indevido a informação confidencial, depois do furto de computadores da secretaria-geral, em Lisboa.
Num comunicado enviado às redações, o MAI explicou que, dos oito computadores furtados, apenas dois eram usados regularmente e que os restantes eram de reserva ou substituição: "Em ambos os casos (...) não existiu , nem existe, qualquer risco de acesso a qualquer informação e ou documentos, confidenciais ou não".
"Os computadores furtados eram meros terminais de acesso a informação sediada em servidor e, logo, não acessível apenas com o computador, sem acesso à mesma. Ainda, assim, estes computadores não estavam, nem estiveram, ligados, nem têm acesso, a informação classificada ou de relevância."
O comunicado foi divulgado após a detenção, na segunda-feira, do suspeito de envolvimento no assalto à secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, em Lisboa.
O MAI negou ainda que as câmaras de videovigilância do edifício estivessem "avariadas ou desligadas": "Estavam a funcionar normalmente e as imagens eram visíveis no respetivo posto de controlo". No entanto, admitiu que houve uma "falha na gravação de imagens", mas que isto "não impediu a identificação do suspeito e a sua detenção".
O suspeito é português e terá furtado oito computadores no valor de 600 euros cada, vendendo-os na própria noite.
De acordo com o MAI, o homem de 39 anos tem "um vasto histórico criminal" e cumpriu pena de prisão em França, onde cometeu vários crimes, sobretudo furtos. Depois de fugir de uma prisão francesa, regressou a Portugal no início de 2024, onde tem "vindo, desde então, segundo está a apurar-se, a praticar ilícitos da mesma natureza".
O homem começou a ser ouvido na terça-feira no Campus de Justiça, em Lisboa, mas o interrogatório vai continuar esta quarta-feira para a aplicação das respetivas medidas de coação.