As indemnizações do incêndio no Prior Velho, que destruiu mais de 200 carros junto ao aeroporto de Lisboa, podem ultrapassar os 2,8 milhões de euros. Ainda sem relatório oficial, a proprietária do estacionamento diz que o fogo começou devido a um curto circuito num carro a combustão.
Depois das informações que obteve após a peritagem, a empresa diz que foi num carro a combustão que o fogo começou, devido a um curto circuito provocado por um defeito num relé. Uma informação que contraria os relatos iniciais - que davam conta da origem ter sido num veículo elétrico.
A cronologia traçada por um dos funcionários da empresa mostra que, depois de ter sido dado o alerta, perto das 18:00, os bombeiros demoraram cerca de 20 minutos a chegar ao local. Queixam-se ainda de falta de cooperação, afirmando que a forma como os bombeiros pararam as viaturas na rampa do parque impediu que a empresa retirasse mais viaturas.
Apesar dos danos materiais, o incêndio não causou vítimas nem feridos e a investigação da PJ, agora terminada, afasta qualquer suspeita de crime.
Quanto aos proprietários dos carros, esta segunda-feira a Associação Portuguesa de Seguradores avançou ter recebido mais de 120 participações de veículos com cobertura de incêndio. As indemnizações podem ultrapassar os 2,85 milhões de euros.
Quanto aos proprietários que tinham apenas seguro contra terceiros, continuam a aguardar, uma vez que também ainda não é possível apurar um culpado.
A empresa, que afasta quaisquer responsabilidades pelo incêndio, está parada desde dia 16 de agosto.