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Sines Data Center será um dos maiores campus de armazenamento de dados da Europa

Foi classificado como "Projeto de Potencial Interesse Nacional" devido ao impacto que poderá vir a ter na economia do país. Isto, antes da polémica "Operação Influencer" que derrubou o anterior Governo e veio colocar pontos de interrogação em torno da promotora Start Campus.

Marta Candeias Ferreira

Marco Mariano

Está a avançar a construção do grande centro de dados de Sines, projeto que contribuiu para a queda do Governo de António Costa. Metade do primeiro edifício já tem clientes. Pode não parecer ainda, mas vai ser um dos maiores campus de armazenamento de dados alguma vez projetados na Europa. Canalizou 3,5 mil milhões de euros.

Foi classificado como "Projeto de Potencial Interesse Nacional" devido ao impacto que poderá vir a ter na economia do país. Isto, antes da polémica "Operação Influencer" que derrubou o anterior Governo e veio colocar pontos de interrogação em torno da promotora Start Campus. A empresa viu devolvidos, no mês passado, os 600 mil euros de caução exigidos pelo Tribunal Central de Instrução Criminal no âmbito da investigação.


Parte dos fregueses até sabe que vai nascer ali um grande projeto, só que continua sem perceber quando, como ou porquê. Veem com bons olhos a vinda de novos trabalhadores para a região, mas temem ver subir o preço das casas.

A empresa emprega agora cerca de 50 pessoas, mas o número vai crescer para 9.000. Este é o primeiro de seis edifícios e já está alugado a várias firmas de tecnologia de alto nível. Foram precisos 700 trabalhadores para o pôr de pé.

A localização deste mega centro não foi escolhida ao acaso. Sines é a porta de entrada para a informação que chega através de cabos submarinos, como o Ella Link que liga Portugal ao Brasil, permitindo uma melhor e mais rápida conetividade entre países.

O Sines Data Center deverá estar a operar em pleno em 2030, alimentado por energia 100% verde – a meta parece ambiciosa. Com uma capacidade energética prevista de 1,2 gigawatts, certo é que a área vai aquecer. A empresa quer aproveitar os sistemas de captação e descarga que já existem na antiga central a carvão para arrefecimento com água do mar.

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