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Fim de semana deverá ser complicado nas urgências de obstetrícia e pediatria

Para conseguir dar resposta a todas as grávidas, os hospitais têm encaminhado mães e bebés para o internamento em hospitais da área de residência, por vezes horas depois do parto. A Maternidade Alfredo da Costa transferiu, só na terça-feira, cinco mulheres com os filhos recém-nascidos.

Cláudia Machado

Diana Pinheiro

Luís Nobre Botas

Paulo Gamito

O próximo fim de semana volta a ser complicado nas urgências de obstetrícia e pediatria, com cerca de uma dezena de serviços encerrados. Os hospitais que têm garantido o atendimento às grávidas, como a Maternidade Alfredo da Costa, avisam que as equipas estão em esforço e que a situação se está a tornar insustentável.

Profissionais no limite a adiar folgas e férias. E com recordes pelo meio. É o cenário vivido na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, que só na segunda-feira fez 25 partos, o número mais alto dos últimos 11 anos.

Terça-feira nasceram mais 16 bebés, seis em cesarianas. E até às 08:00 desta quarta-feira já tinham sido realizados mais quatro partos.

São os efeitos do encerramento de várias urgências de obstetrícia, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Mas o próximo fim de semana volta a ser complexo, tanto para a obstetrícia, com encerramentos previstos sobretudo para a área da Grande Lisboa, como para a pediatria, com vários serviços de portas fechadas, a maioria no domingo.

As unidades que têm mantido as urgências a funcionar, como a Maternidade Alfredo da Costa ou o Hospital de Cascais, assumem que só o conseguem fazer graças à disponibilidade das equipas.

Em Cascais, os números já refletem a pressão vivida nas última semanas.

Para conseguir dar resposta a todas as grávidas, os hospitais têm encaminhado mães e bebés para o internamento em hospitais da área de residência, por vezes horas depois do parto. A Maternidade Alfredo da Costa transferiu, só na terça-feira, cinco mulheres com os filhos recém-nascidos.

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