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PSP nega aumento de criminalidade violenta em freguesias de Lisboa e Porto

A PSP esclarece, este domingo, as notícias que têm vindo a público nos últimos dias e que dão conta de um aumento da insegurança em Lisboa e no Porto, designadamente nas freguesias de Santa Maria Maior em Lisboa e de Ramalde no Porto.

rfranca

SIC Notícias

A Polícia de Segurança Públcia (PSP) explica, na nota enviada este domingo às redações, que, segundo a análise dos dados estatísticos que tem, na freguesia de Ramalde, no Porto, existiu, "de facto, um aumento da criminalidade geral", mas "a criminalidade violenta e grave diminuiu, o que importa sublinhar publicamente".

Quanto à freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, "tanto a criminalidade geral como a criminalidade violenta e grave diminuíram, comparando com o período homólogo do ano transato", acrescentou.

A PSP, a autoridade competente para policiamento em Lisboa e no Porto, assegura que analisa, "diariamente, os indicadores estatísticos na sua área de responsabilidade" para "orientar os seus recursos de acordo com as áreas mais afetadas por determinados tipos de fenómenos criminais".

Na mesma nota, a PSP refere que "tem consecutivamente, sempre que possível e com o balanceamento de meios, incrementado o policiamento nas cidades de Lisboa e do Porto, e em concreto nestas duas freguesias".

"É também importante esclarecer que o sentimento de segurança não se obtém exclusivamente com mais polícias na rua, sabendo-se que a presença sistemática de policiamento ostensivo pode ser avaliado, em termos de sentimento de segurança, de forma contrária - se há polícia é porque há insegurança", lê-se.

A PSP defende ainda que "é também importante detetar, analisar e intervir junto de diferentes problemas socioculturais e económicos existentes nestes e noutros territórios, procurando responder de forma integrada e permanente nas diferentes fragilidades locais", realçando que contam "com o apoio de todas as entidades com responsabilidade" nestas matérias.

Autarcas e moradores pedem mais policiamento

Na sexta-feira, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas (PSD), manifestou-se, em entrevista à rádio Renascença, preocupado com a insegurança na freguesia de Santa Maria Maior e defendeu um reforço do policiamento.

Carlos Moedas reagia às queixas relatadas por dezenas de moradores da freguesia de Santa Maria Maior, durante uma sessão promovida pela junta, na quinta-feira no Martim Moniz.

Assaltos a viaturas e a lojas, consumo de droga em plena luz do dia e agressões físicas foram algumas das situações relatadas pelos moradores de Santa Maria Maior.

O autarca de Lisboa admitiu que a criminalidade tem vindo a aumentar e mostrou-se disponível para encontrar soluções que ajudem a mitigar o problema, instando também o Governo.

No Porto, o presidente da Câmara, Rui Moreira, revelou que a adjudicação do contrato para a instalação de mais 117 câmaras de videovigilância na zona ocidental e oriental da cidade está suspensa por faltar um parecer da Comissão Nacional da Proteção de Dados (CNPD).

As novas 117 câmaras de videovigilância vão ser instaladas na zona ocidental e oriental da cidade, nomeadamente, em arruamentos na zona da Asprela, Campanhã, Estádio do Dragão, Pasteleira e Diogo Botelho.

Segundo o autarca, está a ser equacionado o alargamento do primeiro sistema instalado no centro histórico, e composto por 79 câmaras, para a Rua do Loureiro e a Rua Chã, junto à estação de S. Bento, porque lojistas da comunidade do Bangladesh têm referido "que tem havido ali um conjunto de assaltos".

Simultaneamente, Rui Moreira disse estar disponível para avançar com uma terceira fase do sistema de videovigilância, a instalar na zona de Ramalde, a segunda maior freguesia do Porto, mas para isso "é necessário o diagnóstico da PSP da perigosidade da criminalidade associada ao território".

Este sistema de videovigilância entrou em funcionamento em 22 de junho de 2023 e já permitiu preservar imagens relativas a 910 processos-crime, a maioria das quais (592) ocorridas este ano.

Com LUSA

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