O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, admite que os rankings das escolas têm limitações, mas são uma "ferramenta útil" para perceber o que pode ser melhorado nas escolas.
Alexandre Homem Cristo não desvaloriza as listagens e, admitindo que têm limitações, considera que "um mecanismo de transparência de divulgação dos resultados deve ser sempre visto como uma mais-valia e como algo útil".
No entender do secretário de Estado, não se deve olhar para os rankings e procurar respostas "muito precisas e muito fechadas", mas encará-los como potenciais reveladores de "pistas para perguntas" sobre como melhorar as aprendizagens e o trabalho das escolas e os dados de contexto permitem melhorar essa avaliação e "comparar o que é comparável".
"Quantos mais dados de contexto tivermos à nossa disposição mais rica será essa análise", considera.
Escolas privadas voltam a liderar
Nos 'rankings' divulgados na quinta-feira, as escolas privadas continuam a liderar as tabelas que têm por base a média nos exames nacionais, mas a distância entre colégios e escolas públicas voltou a diminuir este ano.
São também cada vez menos os alunos que chumbam, um problema que continua a ser mais sentido entre os jovens de famílias mais desfavorecidas.
Apesar de os dados disponibilizados pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação já permitirem analisar o percurso dos alunos ao longo dos anos, assim como comparar resultados de estudantes de meios socioeconómicos semelhantes, existem ainda muitos fatores por considerar, como a falta de professores nas escolas ou a possibilidade de os alunos terem ou não explicações.