Foram mais de 200 as organizações e particulares a opor-se ao projeto, que ainda assim recebeu luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente a 3 de abril, com uma extensa lista de condicionantes.
Para a plataforma Água Sustentável e as 13 organizações não-governamentais que a integram, as autoridades ambientais deram um cheque em branco sem acautelarem os argumentos de quem se opõe ao projeto, apresentado como parte da solução para a falta de água no Algarve. Pediram, por isso, ao Ministério Público de Faro que promova a nulidade da Declaração de Impacte Ambiental.
A Águas do Algarve prevê injetar na rede 16 hectómetros cúbicos por ano com a dessalinizadora, cerca de 20% do consumo urbano na região. Os 90 milhões de euros que vai custar estão em parte inscritos no Plano de Recuperação e Resiliência, cujo calendário não é o da justiça.