Os líderes europeus voltam a encontrar-se na próxima quinta-feira para fechar os cargos de topo. António Costa continua a ser o favorito para o Conselho Europeu, Ursula von der Leyen para a Comissão Europeia, e a primeira-ministra da Estónia Kaja Kallas para chefe da diplomacia europeia
Os três lugares são dados como praticamente fechados. Várias fontes dizem que não há nomes alternativos a circular e que é muito improvável que a solução final não seja esta, mas certezas só mesmo no final da cimeira que arranca na quinta-feira.
As negociações entre socialistas e liberais e o Partido Popular Europeu continuam e dentro do PPE há quem defenda que ficar com a Comissão para Von der Leyen não chega, uma vez que, comparado com 2019, a força do PPE é maior, com 12 líderes no Conselho Europeu.
A sugestão é para que o cargo de presidente do Conselho Europeu seja dividido: dois anos e meio para os socialistas e dois anos e meio para o PPE, solução que não agrada aos socialistas.
Enquanto António Costa só precisa da bênção dos líderes para ser presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen também tem de contar com o apoio dos eurodeputados.
Teoricamente, os votos dos liberais, PPE e socialistas no Parlamento Europeu são suficientes, só que, numa votação que secreta, tudo pode acontecer, e Von der Leyen pode precisar de ajuda extra. A questão é se vai procurá-los nos verdes ou na direita radical.
Já Luís Montenegro já mostrou várias vezes confiança de que o lugar de António Costa está garantido em Bruxelas.