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Cargos de topo na Europa fechados esta semana: Costa tem caminho facilitado, Von der Leyen nem por isso

Enquanto António Costa só precisa da bênção dos líderes para ser presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen também tem de contar com o apoio dos eurodeputados para liderar a Comissão Europeia.

Susana Frexes

Bruno Andrade

Os líderes europeus voltam a encontrar-se na próxima quinta-feira para fechar os cargos de topo. António Costa continua a ser o favorito para o Conselho Europeu, Ursula von der Leyen para a Comissão Europeia, e a primeira-ministra da Estónia Kaja Kallas para chefe da diplomacia europeia

Os três lugares são dados como praticamente fechados. Várias fontes dizem que não há nomes alternativos a circular e que é muito improvável que a solução final não seja esta, mas certezas só mesmo no final da cimeira que arranca na quinta-feira.

As negociações entre socialistas e liberais e o Partido Popular Europeu continuam e dentro do PPE há quem defenda que ficar com a Comissão para Von der Leyen não chega, uma vez que, comparado com 2019, a força do PPE é maior, com 12 líderes no Conselho Europeu.

A sugestão é para que o cargo de presidente do Conselho Europeu seja dividido: dois anos e meio para os socialistas e dois anos e meio para o PPE, solução que não agrada aos socialistas.

Enquanto António Costa só precisa da bênção dos líderes para ser presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen também tem de contar com o apoio dos eurodeputados.

Teoricamente, os votos dos liberais, PPE e socialistas no Parlamento Europeu são suficientes, só que, numa votação que secreta, tudo pode acontecer, e Von der Leyen pode precisar de ajuda extra. A questão é se vai procurá-los nos verdes ou na direita radical.

Já Luís Montenegro já mostrou várias vezes confiança de que o lugar de António Costa está garantido em Bruxelas.

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