País

Parlamento rejeita todas as propostas do Chega sobre imigração

O debate foi aceso, com a esquerda a acusar o partido de André Ventura de apresentar medidas anti-imigração. Já a direita acusou o PS de não escolher as políticas necessárias e pediu consenso entre bancadas.

Diogo Gonçalves

José Manuel Mestre

Manuel Ferreira

David Alves

Depois do Governo ter apresentado o Plano de Ação para as Migrações, o Chega levou o assunto à discussão parlamentar, nesta quarta-feira, com quatro projetos-lei, que acabaram todos chumbados.

O partido propunha a obrigatoriedade dos imigrantes descontarem cinco anos para a segurança social antes de terem direito a prestações sociais e queria também a adoção de quotas anuais para a entrada de imigrantes.

A discussão foi acesa, com trocas de acusações entre bancadas. O PSD ainda sugeriu que os projetos-lei baixassem à especialidade sem votação, mas o Chega rejeitou.

O líder da bancada parlamentar do PSD considerou que houve bom senso nas intervenções do Chega, até André Ventura ter começado a falar:

"Connosco podem ter a certeza de uma coisa: não haverá humanismo que resista", disse o líder do Chega.

De todas as medidas aprovadas pelo governo, o PS anunciou a apreciação parlamentar do decreto que prevê a revogação imediata da manifestação de interesse.

O PCP, por sua vez, agendou para a próxima semana a discussão de um projeto de lei para reforçar os meios e resolver, o mais rapidamente possível, os processos pendentes de legalização de imigrantes.

Governo brasileiro apreensivo com o endurecimento das regras da imigração em Portugal

Últimas