Rui Rio, ex-presidente do PSD, defendeu, em entrevista à SIC Notícias, que é preciso "saber defender a democracia", porque "quando pegam em escutas e divulgam vale tudo", referindo-se ao caso das escutas ao ex-primeiro-ministro António Costa.
No dia em que Rui Rio lembrou a PIDE numa publicação na rede social X (antigo Twitter) e falou em “invasão da vida privada para fins políticos” na Operação Influencer, apontou, à SIC Notícias, "que as escutas não têm relevância criminal, nem têm qualquer suspeita de crime" e, depois "atiram com aquilo para a comunicação social, aí vale tudo", começou por apontar.
"Há pessoas que não gostam do Partido Socialista e não gostam de António Costa e ficam todas felizes, mas não podemos pensar assim. (...) Não podemos deixar o regime degradar-se a este ponto", defendeu, dizendo ainda que estamos perante "uma violação princípios básicos da convivência em democracia".
Quanto às motivações para a divulgação das escutas, Rui Rio disse não saber responder, mas uma coisa é certa: "por uma boa razão não foi", referindo que isto é um situação "ilegal e imoral".
O antigo líder do PSD é uma das vozes que mais críticas tem tecido à atuação do Ministério Público. Nesta quarta-feira, recorreu às redes sociais para fazer um comentário:
“Quando dei os primeiros passos na política, ainda antes do 25 de Abril, era normal a PIDE invadir a vida privada dos cidadãos para fins políticos, fins sem qualquer relevo criminal real… e foi também para combater isso que “este jovem” começou a frequentar movimentos estudantis”, lê-se na publicação.
Rui Rio foi uma das 50 personalidades que assinou o manifesto dos 50+50, que pede uma reforma da Justiça. O ex-presidente do PSD, revelou, à SIC Notícias, que está surpreendido com o sobressalto cívico que foi provocado.