Continua a aumentar o número de imigrantes a viver em tendas em Lisboa. Como resposta de emergência vai abrir este verão um novo centro de acolhimento na Ajuda, um espaço cedido pela Defesa e gerido pela Câmara.
É no desativado Hospital Militar de Belém que vai ser o novo centro de acolhimento para imigrantes em situação de vulnerabilidade, uma resposta de emergência para o significativo aumento de sem-abrigo estrangeiros a viver nas ruas de Lisboa.
O espaço vai ter capacidade para receber 200 pessoas. A gestão será da Câmara Municipal de Lisboa.
Todos os meses o número de tendas tem aumentado junto à Igreja dos Anjos, em Lisboa. Migrantes que chegam de vários países.
Soleymane tem 26 anos. Pagou 250 euros para sair do Senegal num pequeno barco de madeira. Vive neste largo há quatro meses e quer trabalhar em Portugal para ajudar a família.
Grande parte dos imigrantes que estão aqui viram os pedidos de residência recusados pela Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA). A maioria aguarda documentos das embaixadas e consulados para voltar a pedir à agência para as migrações um novo pedido de autorização por razões humanitárias.
A presidente da junta de freguesia de Arroios acredita que as novas regras podem fazer a diferença.
Os centros de acolhimento são uma das respostas para ajudar estes migrantes. Só na zona da Igreja dos Anjos foram identificados cerca de 130 sem-abrigo vindos da Gâmbia e do Senegal.
O Hospital Militar de Belém pode ser agora uma destas respostas. O centro de acolhimento deverá começar a funcionar este verão.