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Estudantes deslocados e sem bolsa vão receber ajuda para pagar rendas

Os estudantes deslocados e sem bolsa de estudo vão passar a ter ajuda na renda de casa. Vão receber metade do valor pago aos bolseiros o que corresponde a mais de 200 euros e Lisboa e no Porto. As Federações de Estudantes consideram, porém, que se trata apenas de um penso rápido.

SIC Notícias

Quem estuda longe de casa e não recebe bolsa, vai poder contar com 50% do complemento do alojamento desde que o rendimento per capita do agregado familiar não ultrapasse os 14.300 euros anuais.

"Apenas 14% estão em residências, a maioria estão em quartos arrendados no mercado privado, portanto precisavamos de uma medida mais concreta para estes danos e também para aqueles que não são bolseiros", diz Mariana Barbosa, da Federação Académica de Lisboa. Francisco Porto Fernandes, da Federação Académica do Porto, saúda o que classifica de medida "muito positiva", mas alerta que não é mais do que "um penso rápido de curto prazo".

A medida deverá abranger mais de 13 mil estudantes universitários e prevê-se que seja implementada já no próximo ano letivo.

"No alojamento estudantil os alunos querem ir para o ensino superior e acontece uma de duas coisas: uma não vão porque não têm dinheiro para pagar um quarto ou escolhem o curso em função da capacidade financeira da família. Isto do ponto de vista social é absolutamente injusto", disse a ministra Margarida Balseiro Lopes à Antena1.

241 euros em Lisboa, 229 euros no Porto, os estudantes receiam que a operacionalidade possa comprometer a medida.

"Temos um serviço de ação social já sobrecarregado e agora terão de fazer uma verficação maior e acrescida para todos estes estudantes", alerta Mariana Barbosa, da Federação Académica de Lisboa.

O plano nacional para o alojamento no Ensino Superior continua longe das 18 mil camas previstas para 2026 e só com mais apoios se pode evitar que alunos abandonem o Superior.

A medida terá um custo de 12,7 milhões de euros nos quatro meses de 2024 e de 31,8 milhões em 2025 e é quase idêntica à do PS aprovada quarta-feira no Parlamento em que a atribuição do apoio será feita de acordo com a tabela de IRS.

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