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"Montenegro percebeu que para vencer as eleições tinha de se desligar de Passos Coelho"

Para o comentador SIC Paulo Baldaia, estas declarações de Passos Coelho são um ajuste de contas a Montenegro, que percebeu que para vencer as eleições tinha de se desligar da principal figura da austeridade em Portugal.

Paulo Baldaia

Sebastião Bugalho

Esta segunda-feira, o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho considerou que Luís Montenegro tem tido uma preocupação em desligar-se do seu legado, numa entrevista em que revelou também que a troika não confiava em Paulo Portas.

Na Edição da Noite da SIC Notícias, o comentador SIC Sebastião Bugalho defende que Passos Coelho está a transmitir a mensagem de que é possível um entendimento à direita, apesar das divergências existentes.

"Esta entrevista tem mais passado do que futuro, apesar de eu estar convencido de que o posicionamento de Pedro Passos Coelho tem mais a ver com o que ele pensa que vai acontecer no nosso sistema político. Ele querendo ou não querendo, está a dar um sinal, está a dizer que é possível que as direitas se entendam para governar, tal como ele fez entre 2011 e 2015", apontou.

Para o comentador SIC Paulo Baldaia, estas declarações de Passos Coelho são um ajuste de contas a Montenegro, que percebeu que para vencer as eleições tinha de se desligar da principal figura da austeridade em Portugal.

"Passos Coelho tem um problema que têm muitos outros ex-primeiros-ministros e ex-líderes de partidos, que é acharem que estão capacitados para ensinar quem os sucedeu a explicar como é que o caminho se faz. Luís Montenegro percebeu que para vencer as eleições tinha de se desligar de Passos Coelho, que ficou associado à austeridade e, ao mesmo tempo, ligar-se a quem deu vitórias ao partido, como Cavaco Silva", considerou.

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