Os utentes encaminhados para o serviço de urgências pela Linha SNS 24 esperam, em média, mais tempo para serem atendidos.
A lei prevê que os utentes da Linha SNS 24 tenham prioridade sobre os que chegam ao hospital sem ser referenciados, mas a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) revela que a maioria das pessoas que chega ao hospital sem contacto prévio são atendidas mais depressa.
A diferença no tempo médio de espera apenas diminui nos casos mais graves.
No mesmo relatório, divulgado esta quinta-feira, o regulador da saúde conclui que a isenção de taxas moderadoras nem sempre é respeitada.
A ERS recebeu 674 reclamações relativas à Linha SNS 24 em mais de oito anos, das quais 58% dizem respeito ao encaminhamento de utentes para unidades de cuidados de saúde primários sem capacidade de atendimento.
"Entre os anos de 2018 e 2019, o número de reclamações associadas à Linha SNS 24 cresceu aproximadamente 219%, tendo sofrido uma variação negativa de 49% em 2020, ano em que se iniciou a pandemia, e retomado a tendência de aumento em 2021 e 2022, face ao ano anterior, (39% em 2021 e 64% em 2022)", aponta o relatório.
Considerando o rácio de reclamações por 100.000 habitantes, foi registado um maior volume (424 queixas) na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.