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Professores mantêm reivindicações e esperem abertura do novo Governo

FNE e FENPROF esperam ver cumpridas promessas eleitorais, enquanto o representante dos diretores escolares alerta para os riscos de um governo minoritário.

Elsa Gonçalves

Carlos Craveira

Ainda sem Governo formado, os sindicatos e professores mantém as prioridades: mais investimento nos recursos humanos e a recuperação do tempo integral de serviço.

Os resultados eleitorais mostraram uma viragem à direita, mas para a FENPROF, as exigências não mudaram.

“Nós não lutamos contra governos, lutamos por objetivos, neste caso, valorizar a profissão e a escola pública”, afirma o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, em declarações à SIC.

Mário Nogueira diz-se preocupado com propostas os partidos da direita, que podem “fragilizar a escola pública”. É o caso, defende, da recuperação dos contratos de associação, “que no passado despejaram muitas escolas, provocaram desemprego, com horários zero”, e do “cheque-ensino".

Por sua vez, a FNE defende que os principais problemas que afetam os professores não são uma questão de orçamento, mas sim de vontade política.

"Os problemas que nos afetam não envolvem sequer dinheiros, envolvem é disponibilidade e boa vontade”, defende Pedro Barreiros, secretário-geral da FNE. “Esperamos que o próximo Governo, seja ele qual for e composto pela forma como for, tenha essa disponibilidade, tenha essa sensatez e não demonstre a inflexibilidade que o anterior executivo demonstrou.”

Para os diretores escolares, há promessas que não se podem esquecer, como a recuperação integral do tempo de serviço.

“Já ficaremos satisfeitos, tendo em conta este cenário, tendo em conta este contexto, se a promessa dos seis anos, seis meses e 23 dias fosse rapidamente atribuída aos professores”, aponta Filito Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

“Penso que isso é pacífico, até porque os partidos da oposição da futura oposição também concederam nesse critério”, nota, assumindo, por outro lado, “preocupação” com a “dependência” de um governo minoritário face a outros partidos, uma vez que pode comprometer a aprovação de medidas ara a educação.

Tanto a FNE como a FENPROF esperam entregar os respetivos cadernos de reivindicações ao próximo Governo assim que a nova assembleia estiver em funções.

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