Já está no espaço o segundo satélite português, que durante três anos vai observar oceanos e monitorizar as alterações climáticas. Chama-se MH-1, em homenagem a Manuel Heitor, antigo ministro da Ciência.
Eram 22 horas e 5 minutos, quando o foguetão Falcon 9 descolou da base de Vandenberg na Califórnia (Estados Unidos), levando a bordo o segundo satélite que Portugal envia para o espaço.
O brinde chegou quase um hora depois, no momento em que o satélite foi ejetado com sucesso na órbita final a 510 quilómetros de altitude.
Foi só mais um passo para a SpaceX, mas um grande passo para a ciência portuguesa.
2.ª fase: noite de terça-feira
A primeira etapa foi superada com sucesso, mas vai ser preciso esperar pela noite desta terça feira, para que o MH1 dê sinal de vida.
“Nós não vamos ter contacto com o satélite. Foi aquilo que foi definido na missão, para permitir a adaptação do satélite ao ambiente onde vai estar envolvido, e mitigar eventuais avarias. Ao fim de 24 horas vamos ter as primeiras comunicações com o satélite”, afirmou o diretor-geral da Thales, Sérgio Barbedo.
A noite de festa em Matosinhos marcou o regresso de Portugal ao espaço, 30 anos depois do POsat 1, que já está desativado.
Em homenagem a Manuel Heitor, antigo ministro da ciência, o MH-1 é um nanosatélite científico de observaçã, com 30 centímetros de altura e dez de largura e que pesa menos de 5 quilogramas.
Base nos Açores recebe os dados e envia-os para o CEiiA
O satélite está equipado com câmaras e um sistema de transmissão de dados.
Estes dados e imagens são recebidos no teleporto da Ilha de Santa Maria, nos Açores, e enviados para o CEiiA que os vai processar.
Durante os próximos três anos o MH 1 tem uma missão científica: vigiar o oceano atlântico.
Com um investimento de quase três milhões de euros, o MH-1 foi criado por um consócio de 12 parceiros, entre empresas e instituições académicas.
Portugal assume agora a ambição de conquistar o espaço, com o lançamento de 30 satélites até 2026.