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Aviões da Força Aérea, 270 investigadores: ex-procuradores surpreendidos com envio de meios para a Madeira

José Souto Moura e José Cunha Rodrigues, antigos Procuradores-Gerais da República, mostram-se surpreendidos com a deslocação de centenas de inspetores à Madeira. Cunha Rodrigues pede mesmo uma explicação pública, cabal e urgente sobre o sucedido.

Ana Filipa Nunes

Eduardo Horta

As imagens de quinta-feira revelam uma logística sem precedentes na operação policial da Madeira. Foram utilizados meios da Força Aérea, como aviões militares, o hércules-C130, mas também o KC-390, para transportar os 270 investigadores criminais e peritos da Polícia Judiciária, dois juízes de Instrução Criminal, seis magistrados do Ministério Público e seis elementos do Núcleo de Assessoria Técnica da Procuradoria-Geral da Republica.

José Cunha Rodrigues, antigo Procurador-Geral, pede explicações públicas e urgentes do envio de centenas de meios, numa entrevista à Renascença. O antigo Procurador-Geral da República diz que quebra o silêncio por razões imperativas de defesa da democracia e garante que nunca o teria permitido.

Opinião mais moderada tem o ex-Procurador-Geral, José Souto Moura. Mesmo assim, mostrou-se surpreendido.

A megaoperação resultou na detenção do autarca do Funchal e de dois empresários. O presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido e renunciou ao cargo.

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