País

Missão de busca e salvamento da Força Aérea está a ficar sem militares

A Força Aérea está a ficar sem militares devido à falta de meios e exaustão por parte dos pilotos dos helicópteros. Os comandantes da esquadra do Montijo e dos Açores pediram abate ao quadro, ou seja, querem sair antes do tempo a que o estado os obriga a permanecer pagando uma indemnização do próprio bolso.

SIC Notícias

A missão das tripulações na busca e salvamento tornou-se muito mais dura ao longo dos últimos anos, as tabelas salariais não cresceram e a falta de gente obriga a muito mais horas em alerta constante.

O jornal Expresso conta que os comandantes das duas esquadras dos helicópteros EH-101 Merlin no Montijo e nos Açores pediram abate ao quadro. E os dois pilotos que foram nomeados para os substituir fizeram o mesmo, recusaram a nomeação para o comando e fartos da Força Aérea preferiram sair da vida militar, como tem vindo a acontecer a muitos outros ao longo dos anos.

Os pilotos da missão de busca e salvamento da força aérea, conhecidos também por transportar o Papa quando vem a Portugal, são hoje obrigados a dar à instituição 20 anos da sua vida, seis na formação da academia, o resto ao serviço.

Quando pedem o abate ao quadro, das duas uma ou já fizeram o tempo todo e basta dizer "adeus" ou ainda lhes falta cumprir uma parte e tem de indemnizar a instituição. Mas a procura que têm por parte das companhias aérea é tanta que mesmo com valores altos a pagar à força aérea, para muitos não restam dúvidas, compensa sair.

Como não há tripulações suficientes para os helicópteros de busca e salvamento, os militares estão em estado de prontidão permanente de 30 minutos durante meses, o normal seria de apenas 15 dias.

A SIC pediu esclarecimentos ao ministério da defesa e à força aérea, mas não recebeu resposta. Ao Expresso, a chefia de estado maior admite que tem vindo a alertar a tutela, que o efetivo atual é uma preocupação

No total devia haver 14 tripulações nos helicópteros EH-101, mas atualmente só há nove.

Últimas