O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, reafirma que não foi ele quem demitiu a ex-CEO da TAP. Aos jornalistas, recusou comentar o processo entre a companhia aérea e Christine Ourmières-Widener e salientou que pôs a empresa a dar lucro.
Considerando que a TAP foi o "dossier" do Governo mais "escrutinado", o novo líder do PS recusou comentar o processo com a ex-presidente por estar ainda a decorrer. Contudo, destacou que não foi ele quem demitiu Christine Ourmières-Widener.
"Não vou comentar processos que estão a decorrer nem vou fazer juízos de avaliação sobre argumentos de cada uma das partes".
Em declarações aos jornalistas, em Ílhavo, Aveiro, Pedro Nuno Santos salientou várias vezes que pôs a empresa a lucrar.
"A empresa estava parada. Quando eu assumi funções como ministro, dava prejuízos de milhões de euros e nós deixámos a empresa saudável e a dar lucro. Se todos os políticos que vão falando conseguissem estes resultados, estaríamos muito melhor em Portugal", afirma.
Questionado sobre as declarações do PSD, que o acusam de "ligeireza" na gestão da companhia aérea, o líder socialista recusa comentar "ataques" que "não contribuem para o debate". O secretário-geral do PS defende que o PSD é um partido "pára-arranca", que adia o "futuro do país" por estar sempre a "olhar para trás".
Já sobre a Iniciativa Liberal, que o acusou de ser um "fazedor de trapalhadas", Pedro Nuno pede foco "no que é realmente importante". Como tal, volta a afirmar que, com ele, a TAP passou de "prejuízos de milhões por ano" para ser uma empresa "a dar lucro, saudável e a bater recordes".
TGV e novo aeroporto
Em relação ao TGV, Pedro Nuno Santos considera que é "estruturante para o desenvolvimento" do país. Por isso, é essencial que mão se comenta os mesmos erros.
"O país já tem umas décadas largas de atraso nesse projeto. Durante décadas desistiu da ferrovia, foi encerrando linhas", apontou.
Sobre a localização do novo aeroporto, critica o "adiamento da decisão" e lembra que o relatório teve conclusões "muito claras". "Logo que teremos responsabilidade para isso, teremos uma decisão", garante.