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Urgências: espera diminui em Lisboa, a norte o cenário é de caos no hospital de Penafiel

Como está a situação das urgências pelo país? Fazemos uma ronda pelos principais hospitais do norte e centro. Em Lisboa, a afluência às urgências parece estar a aliviar, enquanto no hospital de Penafiel se acumulam macas nos corredores.

Christian Adams

Paula Castanho

Diana Pinheiro

Margarida Bento

No geral, os tempos de espera nas urgências dos hospitais de Lisboa estão a diminuir, apesar de a situação ainda ser complicada. No hospital Beatriz Ângelo, um dos mais críticos, o tempo de espera com pulseira amarela passou de 19 horas durante a manhã desta quinta-feira para 9 horas à tarde.

No Hospital de Santa Maria, chegou-se a um equilíbrio temporário. De acordo com o diretor da urgência, João Gouveia, hoje registou-se uma afluência mais baixa e as equipas foram reforçadas.

O desvio de doentes para os centros de saúde foi também uma solução encontrada, mas que interferiu com a vida dos doentes. No centro de Saúde Algueirão-Martins, as filas para uma consulta começaram antes do nascer do sol.

Dos cerca de 400 utentes que têm ido às urgências diariamente, 60% foram reencaminhas para a Medicina Interna.

Cenário de caos no hospital de Penafiel

A norte, o cenário mais caótico foi registado na urgência do Hospital de Penafiel. O tempo de espera para o atendimento de doentes muito urgentes chegou às 4 horas e meia, quando o recomendado é 10 minutos. Há doentes em macas nos corredores da urgência enquanto aguardam por um a vaga na enfermaria.

Nos hospitais do Porto, a afluência tem sido elevada, mas dentro dos números da época. Na quarta-feira, o hospital de São João atendeu 780 utentes, entre eles 225 crianças, a maioria com gripe A.

Em Vila Nova de Gaia, os números na urgência dispararam, mas metade são situações não urgentes. No Santo António, o tempo da espera rondou as 3 horas para doentes urgentes.

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