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Tempo de espera nas urgências do Beatriz Ângelo chegou a ultrapassar as 19 horas

A situação já é complexa nos serviços de saúde e deverá ainda agravar-se nos próximos dias, devido ao aumento dos casos de gripe A e gripe, que deverá atingir o pico na segunda semana de janeiro.

Sofia Cordeiro Coelho

SIC Notícias

As urgências na região de Lisboa estão cada vez mais pressionadas. Na manhã desta quinta-feira, o tempo de espera para doentes urgentes era de quase 20 horas no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures. A situação também é complexa no Amadora-Sintra e no Santa Maria, com os doentes a terem de esperar mais de 10 horas para serem atendidos.

O tempo de espera para os cerca de 50 doentes urgentes que na manhã desta quinta-feira aguardavam para serem atendidos no Beatriz Ângelo, em Loures, chegou a ser de 19 horas e 21 minutos.

Este é um dos hospitais com condicionamentos, esta semana, na urgência de pediatria - que tem estado encerrada no período da noite - e na ginecologia e obstetrícia, que volta a fechar esta quinta-feira até ao próximo sábado.

Contudo, a urgência geral tem sido a mais pressionada, numa altura em que os vírus respiratórios trazem dezenas de pessoas até aos hospitais, que esperam muitas horas por atendimento.

No Beatriz Ângelo e no Amadora-Sintra o tempo médio de espera rondava, esta quinta-feira de manhã, as 10 horas para doentes com pulseira amarela. A urgência deste último recebeu, na quarta-feira, mais de 760 doentes, apenas 8% encaminhados pela Saúde 24.

Muitos doentes recusaram ser transferidos

O hospital diz que sugeriu encaminhar os doentes pulseira verde e azul para a urgência básica de Algueirão-Mem Martins, a cerca de 15 quilómetros, mas apenas dois doentes concordaram. Os outros preferiram ficar e esperaram 12 a 18 horas por atendimento.

Já no Santa Maria, o tempo de espera médio era, esta quinta-feira de manhã, de 15 horas. No entanto, houve quem esperasse 18. No total, 134 pessoas aguardavam por atendimento, sendo que 32 esperavam ser internadas.

É nos dias a seguir ao Natal que a procura pelas urgências é maior. Na terça-feira, quase duplicaram os contactos para linha SNS24 em comparação com o dia de Natal.

A situação já é complexa nos serviços de saúde e deverá ainda agravar-se nos próximos dias, devido ao aumento de casos de gripe A e gripe, que deverá atravessar o seu pico na segunda semana de janeiro.



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