As urgências do Hospital de Loures atravessam uma enorme crise. Há doentes urgentes que podem ter de esperar 20 horas para ser atendidos. O ministro da Saúde diz que as urgências em Lisboa e Vale do Tejo atravessam um pico de afluência e espera que nas próximas semanas os tempos de espera melhorem.
Álvaro mora em Loures. Ainda não eram 08:00 quando entrava, com a mulher, no Hospital Beatriz Ângelo.
“A minha esposa estava com muitas dores de cabeça, viemos aqui ao Hospital, pelos vistos é tensão alta, demos entrada, fomos triados, receitaram um comprimido, daí a meia hora fomos lá outra vez, eu perguntei se havia médicos ou se demorava muito tempo, disseram que eram 20 horas de espera”, conta à SIC.
Vinte horas de espera é a estimativa para um paciente com pulseira amarela, ou seja, considerado urgente.
“A sala de espera até tem pouca gente, não tem assim muita gente, já estive cá em alturas em que a sala estava cheia, hoje nem por isso, para ser 20 horas não estou a aperceber o que é que se passa”, diz Álvaro.
O ministro da Saúde avisa que se está a aproximar o pico da procura das urgências de adultos, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo. Manuel Pizarro está otimista de que a situação “se vá normalizando” nas próximas semanas.
A previsão do Governo para esta semana indicava que, por todo o país, nos hospitais públicos, mais de 30 serviços de urgência enfrentariam problemas.