O Presidente da República revelou que entre Daniel Adrião, Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro, o “o seu preferido” para a liderança do PS era o próprio António Costa. A partir de Bruxelas, onde esteve a participar no Conselho Europeu, o primeiro-ministro reagiu a estas declarações.
Questionado sobre estas considerações de Marcelo, no final da reunião dos líderes europeus, o governante português disse que não ouviu as declarações, mas, esboçando um sorriso tímido, António Costa reconheceu ter ficado “honrado e agradecido”.
“Não vou comentar declarações que não conheço, mas fico muito honrado e, pelos vistos são [declarações] simpáticas, fico naturalmente honrado e agradecido (…) E chegando a Portugal com certeza que vou ouvir, agora podemos andar com os canais para trás e atualizarmo-nos sobre as notícias dos últimos dias", comentou António Costa.
O que disse, mesmo, o Presidente Marcelo?
À saída do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, no concelho de Cascais, depois de ter participado no programa "Natal dos hospitais", o Presidente Marcelo foi questionado sobre se tinha um preferido na campanha para a liderança do PS. Sem hesitar, o chefe de Estado respondeu: "Ah, eu tenho. Era o doutor António Costa. Era o meu preferido. Era o que eu teria preferido".
Assim sendo, está arrependido da decisão que tomou? Ou seja, está arrependido de ter aceitado a demissão de António Costa? "Não, quem tomou a decisão foi o doutor António Costa. Ele é que decidiu sair, não fui eu. Decidiu sair por causa das circunstâncias que sabemos".
"Ele é me comunicou que se ia embora. Não fui eu que lhe disse: olhe, vá-se embora. Não, ele disse-me: Perante isto, em consciência, eu não posso ficar", prosseguiu Marcelo Rebelo de Sousa. "A decisão que eu tomei a seguir foi uma consequência e não uma causa da decisão dele", reforçou.
Confrontado ainda com a opinião de Francisco Assis, que considera que António Costa seria muito útil como presidente do Conselho Europeu, o Presidente Marcelo também não evitou a perguntou e até concordou.
“Ah, mas eu não tenho uma dúvida. O primeiro-ministro tem um prestígio europeu excecional, e falando com elementos dos vários grupos políticos europeus, é evidente que ele tem condições para poder vir a ser o próprio presidente do Conselho Europeu, assim ele entenda que tem as condições internas”, disse Marcelo.
Com LUSA