O presidente da IL, Rui Rocha, comprometeu-se esta quarta-feira a avançar na próximo legislatura com uma proposta para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras se até lá não forem prestados todos os esclarecimentos, sublinhando: “Lacerda Sales não pode ficar em silêncio”.
"É desejável que todos os envolvidos, ao fim de mais de um mês de versões contraditória, de história que não batem certos, de amnésias seletivas, era importante que os visados, que os envolvidos esclarecessem isto", respondeu Rui Rocha aos jornalistas à margem de um encontro com estudantes na Universidade Católica, em Lisboa, quando questionado sobre o relatório da auditoria pedida pelo Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) sobre este caso.
De acordo com o líder liberal, caso esse esclarecimento não aconteça nos próximos tempos, a IL assumiu o compromisso de "na nova legislatura avançar com uma comissão de inquérito a esta situação".
"Há uma evidência agora, através de um relatório, que afirma que houve um caso de favorecimento. As dúvidas que pudesse haver nessa matéria estão agora esclarecidas através dessa auditoria que diz que houve de facto um tratamento de favor", considerou.
No entanto, para Rui Rocha, "falta perceber quem é que protagonizou esse tratamento de favor".
"Não parece um procedimento normal que se marquem consultas através de um telefonema da secretaria de estado da saúde", criticou.
Para o presidente da IL, o facto de o PS ter chumbado o requerimento dos liberais para ouvir no parlamento o antigo secretário de Estado Lacerda Sales tratou-se de "uma manobra de diversão e de uma tentativa de bloqueio de descoberta da verdade".