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Vício do jogo: 20% dos universitários do Porto são dependentes

O vício afeta um em cada cinco estudantes no Porto. E cerca de 8% já gastaram mais de 100 euros em jogos num só dia. São resultados preocupantes de um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

SIC Notícias

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto conclui que perto de 20% dos estudantes universitários da Invicta são jogadores com alto risco de dependência. 3% são já jogadores patológicos.

As apostas desportivas, os jogos com moedas virtuais, a lotaria e os jogos de cartas "a dinheiro" são os que mais atraem os jovens.

"Tenho muitos amigos que jogam. foi por influência deles que comecei, mas depois percebi que não tinha cabeça para aquilo, perdia dinheiro muito rápido, então parei", conta Paulo Meireles.

A dependência do jogo é classificada como uma doença mental. A frequência com que se joga vem acompanhada de um conjunto de outros sintomas.

"Nomeadamente gastos frequentes com o jogo, ficar irritado, estar permanentemente preocupado com o jogo, pedir dinheiro emprestado, mentir para ocultar as suas perdas e até perder relações, quer conjugais, familiares e até de emprego", explica Luísa Sá, coautora do estudo.

Jogos online são “mais sofisticados” e “menos regulados”

Cerca de 8% dos jovens inquiridos já gastaram mais de 100 euros em jogos num só dia. Os resultados preocupam os autores do estudo, que falam numa mudança de paradigma.

"Jogos online são mais sofisticados, são mais sujeitos a publicidade, até agressiva, e também menos regulados que os jogos tradicionais. Temos uma população mais jovem muito empoderada e capacitada em relação à tecnologia", diz Luísa Sá.

Os especialistas defendem a implementação de programas de educação, de prevenção e de rastreio junto dos mais jovens.

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