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António Costa "com esta entrevista ajuda também o PS na sua campanha"

Para Bruno Gonçalves Bernardes, investigador do Observatório Político, "António Costa e o Orçamento de Estado são duas ferramentas úteis para o próximo secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro".

SIC Notícias

António Costa diz que o Presidente da República não devia ter optado pela dissolução do Parlamento. Esta segunda feira, em entrevista à TVI/CNN, o primeiro-ministro admite ainda que não conhece as suspeitas que levaram à investigação, mas está confiante de que vai sair ileso do processo Influencer. Bruno Gonçalves Bernardes, investigador do Observatório Político, considera que esta foi uma boa entrevista e que António Costa “será um ativo durante esta campanha” para o PS.

“Penso que António Costa e o Orçamento de Estado são duas ferramentas úteis para o próximo secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro”, refere Bruno Gonçalves Bernardes.

Na análise à entrevista do chefe de Governo em gestão, o investigador do Observatório Político destaca:

"António Costa não está morto politicamente e, portanto, parece-me também que, ao mesmo tempo que deixa e quer deixar um legado, seja no âmbito das políticas de que ele também falou, seja do âmbito político, ou seja, no âmbito da sua relação com este caso, com o Presidente da República e também em campanha.

Parece-me que com esta entrevista ajuda também o PS na sua campanha, uma vez que ainda está para escolher o líder e, portanto, está a apoiar, como é óbvio, o PS nesta campanha até 10 de março".

Quanto a eventuais pressões que as declarações e interpretação que António Costa faz do que lhe sucedeu e do que sucedeu a este Governo, Bruno Gonçalves Bernardes defende que “como cidadão tem pleno direito em dizê-lo", mas não fará "qualquer tipo de pressão sobre o Ministério Público”.

Em relação ao futuro político de António Costa, o investigador do Observatório Político prefere não avançar hipóteses.

"Podemos aventar aquilo que quisermos sobre a vida política futura de António Costa, mas logo veremos depois do 10 de março também e depois do resultado daquilo que é a investigação no Supremo.

Bruno Gonçalves Bernardes considera que a entrevista correu bem, o que naturalmente suscita ainda mais críticas por parte da oposição.

"Foi uma boa entrevista e, portanto, é normal também que os os líderes da oposição dos diferentes partidos se coloquem nessa posição, porque também anteveem que António Costa será um ativo durante esta campanha"

“Vendo que foi uma boa entrevista, vendo também que António Costa se posicionou juntamente com o Orçamento de Estado que já está aprovado, penso que António Costa e o Orçamento de Estado são duas ferramentas úteis para o próximo secretário-Geral do PS e candidato a primeiro-ministro”.


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