Numa altura em que são cada vez mais os sem abrigo no Algarve, o Centro de Alojamento de Emergência Social tem pessoas em lista de espera. Muitos dos novos casos são famílias que deixaram de ter condições para pagar a renda.
Costumavam ser essencialmente adultos, mas por estes dias há nove crianças a morar no Centro de Alojamento de Emergência, em Faro. Chegaram com as famílias, que, por diferentes motivos deixaram de conseguir pagar a renda da casa.
Em pouco mais de um ano, o espaço que no Algarve serve de resposta a situações de emergência social sinalizados pela linha 144, da Segurança Social, já recebeu cerca de 150 pessoas.
Um casal e o filho de três anos chegaram há menos de duas semanas e são um dos muitos exemplos. Moravam num quarto alugado que a senhoria, entretanto, precisou. Sem dinheiro para alugar outra casa ou rede familiar de apoio, ficaram sem alternativa.
Há pessoas que estão há um ano no centro de emergência e ainda não conseguiram alternativas. Para as famílias monoparentais, com crianças pequenas e sem estabilidade profissional, o retomar da normalidade da vida é cada vez mais difícil.