As obras do metrobus na Avenida do Marechal Gomes da Costa começaram em agosto, mas são, sobretudo, os cortes de trânsito feitos há poucas semanas que estão a levar os condutores ao limite da paciência. Ao longo de 800 metros, só se circula pela via da direita nos dois sentidos e não é possível inverter a marcha.
"Começamos a fazer teletrabalho duas vezes por semana para desanuviar. Isto é uma loucura. É muito complicado", diz uma residente. "Temos de sair muito mais cedo de casa. O que vale é que as meninas vão a pé", conta outra pessoa.
As obras na Marechal Gomes da Costa chegam depois dos trabalhos já terem começado, no final de janeiro, na Avenida da Boavista. Os vários cortes na zona deixam poucas alternativas.
Fim das obras? Só em julho, diz organização
A Metro do Porto, responsável pelo projeto, entende as queixas, mas assegura que está a tentar recuperar o atraso.
A intervenção vai permitir que nesta zona ocidental da cidade passem a circular apenas autocarros movidos a hidrogénio. A obra, que era de 66 milhões de euros, já derrapou em 10 milhões. É financiada a fundo perdido pelo PRR.
Aponta-se para julho de 2024 a data em que o metrobus do Porto estará em total funcionamento no troço Boavista-Império.
Já a segunda parte da ligação Boavista-Anémona, em Matosinhos, ainda não tem data prevista para começar a funcionar.