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A entrevista do candidato à liderança do PS José Luís Carneiro

José Luís Carneiro admite “acordos de incidência parlamentar que sirvam o país de forma duradoura” e garante que o PS “tem condições para ir a eleições e ganhar”. Quanto a medos diz, com certezas, que Montenegro teme a sua candidatura.

PEDRO SARMENTO COSTA

Mariana Guerreiro

José Luís Carneiro, candidato à liderança do PS, esteve no Jornal da Noite, da SIC, e, posteriormente, na SIC Notícias, para falar sobre as eleições diretas e legislativas, as alianças e os seus apoiantes.

“Portugueses mostram preferência por mim”

“Os portugueses entendem que eu tenho as melhores condições para vencer aquilo que é o nosso principal competidor que é o líder do PPD, doutor Luís Montenegro”, referindo-se às sondagens alusivas às eleições internas do PS.

O candidato a líder do partido Socialista pede para que seja tomada uma “consciência aguda naquilo que está em causa", referindo-se à necessidade da garantia de confiança em “momentos muito críticos como está a viver o país”.

Para Carneiro é preciso solucionar a crise política, as questões de governabilidade e a qualidade da vida democrática.

Montenegro não olha para Carneiro como adversário?

“Luís Montenegro procurou escolher o adversário quem quis levar às eleições”, referindo-se a Pedro Nuno Santos, garantindo que “a polarização conduz a crescimentos de extremos”.

Mas, Carneiro vai mais longe na explicação:

“Luís Montenegro teme a minha candidatura como seu adversário nas eleições legislativas".

Pedro Nuno Santos, também candidato à liderança do PS, recusa debates com os adversários. José Luís Carneiro não partilha da mesma opinião, explicando que os debates são importantes para que a sociedade conheça aquilo que é defendido para o país.

“Quero contar com todos os socialistas”

“No dia depois às eleições eu quero contar com os melhores e com todos os socialistas para este percurso que é fundamentalmente de serviço ao país”.

Carneiro diz que depois do dia 16 quer contar com Pedro Nuno.

José Luís Carneiro admite “acordos de incidência parlamentar que sirvam o país de forma duradoura” e garante que o PS “tem condições para ir a eleições e ganhar”.

E o Chega?

O candidato à liderança do PS quer impedir o Chega de ir para o poder.

“O Chega é um partido radical que atenta contra os valores democráticos, por isso tenho referindo que a construção de soluções políticas, do meu ponto de vista, passa pela construção de um diálogo político no grande centro político, democrático e social. Por isso, quando considero este diálogo não considero o Chega”.

Como está a relação com António José Seguro?

Carneiro diz que matem uma relação de amizade “intacta” com o antigo secretário-geral do partido. No entanto, não confirmou se conta ou não com o apoio do amigo.

Operação Influencer

Refere que operações desta natureza contribuem para fragilizar a confiança dos cidadãos nas instituições, por isso, considera muito importante garantir “justiça em tempo oportuno”.

“É devido a uma celeridade do processo, dado que ele tenha impactos significativos na confiança dos cidadãos, porque atinge o primeiro-ministro”, acrescentou.

Autonomia estratégica

Carneiro garante que o PS tem “capacidade de construção de soluções políticas com o grande centro político e social e, neste caso, em diálogo com o próprio PPD em matérias de incidência parlamentar”.

“Não haverá bloco central”, garantiu.

“Montenegro não estudou bem este assunto”

O PSD pretende subir o Complemento Solidário para idosos (CSI) até 2028, que tem por base reduzir a taxa de pobreza entre os mais velhos. Mas José Luís Carneiro mostra-se convicto de que Montenegro “não estudou bem este assunto e devia estuda-lo".

O candidato à liderança do PS acredita que seja possível melhorar a prestação, porém deve ser avaliada em termos de custos orçamentais.

O que fazer à TAP?

“É para cumprir o que foi decidido pelo Governo, o que significa avançar com a sua privatização”.

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