Há mais pobreza em Portugal. O ano de 2022 terminou com 17% da população em risco de pobreza ou exclusão social. Cerca de um milhão e setecentas mil pessoas tentam sobreviver com menos de 600 euros por mês.
Uma das conclusões do inquérito às Condições de Vida e rendimento em Portugal, promovido pelo Instituto Nacional de Estatística revela que há cada vez mais pobreza em Portugal e isso leva a mais pedidos de ajuda.
As associações que se dedicam a estas causas são as primeiras a sentir o impacto na vida das pessoas dos aumentos de preços. Em Lisboa, a Comunidade Vida e Paz faz o acompanhamento de quem está na situação de sem abrigo.
O preços das rendas pode levar mais gente a ter de viver nestas condições.
"Estas pessoas que se dirigem a nós e são famílias, estão numa situação de grande dificuldade financeira e na iminência de perder as suas casas, se não existirem medidas o cenário é mesmo muito dramático", comenta Renata Alves, da Comunidade Vida e Paz.
Os números do Instituto Nacional de Estatística mostram que há mais de dois milhões e 100 mil pessoas com rendimentos que os levam a estar no limiar da pobreza. Sendo que deste número, quase um milhão e 800 mil vivem com menos de 591 euros por mês.
Isabel Jonet, do Banco Alimentar assinala que "nos próximos meses e no início do ano, a situação vai-se agudizar, temos uma expectativa negativa. As instituições têm uma pressão muito grande pela parte da procura".
E para que a ajuda chegue a quem mais precisa é fundamental haver voluntários.
Sexta-feira, sábado e domingo o Banco Alimentar organiza uma campanha contra a fome, para recolha de alimentos.