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Ainda sem acordo, Governo propõe aumento salarial dos médicos até ao limite

O Executivo subiu a proposta anterior de 8,5% e apresenta agora um aumento salarial diferenciado de 12,7% para os médicos em início de carreira, acima de 11% para os assistentes graduados e de 9,6% para os médicos no topo da carreira.

Paula Castanho

Catarina Coutinho

O ministério da Saúde e os sindicatos ainda não chegaram a acordo. A equipa de Manuel Pizarro apresentou esta quinta-feira aos sindicatos uma nova proposta de aumento salarial, que varia entre 9,6% e 12,7% e vai, segundo o ministro, até ao limite do esforço orçamental.

"É uma proposta que representa um enorme esforço orçamental, no limite daquilo que é possível respeitando o equilíbrio das contas públicas", afirmou Manuel Pizarro, em declarações aos jornalistas, no final da reunião negocial com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fnam).

De acordo com o ministro, o Governo subiu a proposta anterior de 8,5% e propõe agora um aumento salarial diferenciado de 12,7% para os médicos em início de carreira, acima de 11% para os assistentes graduados e de 9,6% para os médicos no topo da carreira.

Ainda assim, a tutela continua sem chegar ao valor exigido pelos médicos, incluindo em relação à proposta mais recente apresentada hoje pelo SIM, com vista a um acordo intercalar, com 15% de aumento salarial para todos os médicos em 2024.

"Além de ser insustentável do ponto de vista orçamental, criaria novas injustiças", comentou o ministro da Saúde, contrapondo que a proposta do executivo "corrige desequilíbrios que existem em várias carreiras médicas".

No entanto, esses temas já não foram tratados na reunião de hoje, devido ao atual crise política, que levou à decisão do Presidente da República de marcar eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, na sequência da demissão do primeiro-ministro.

Sindicatos e ministro da Saúde voltam a reunir, na próxima terça-feira, será a última reunião com este Governo em funções.

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