Os sindicatos dos médicos vão entrar preocupados na reunião, desta tarde, com o ministro da Saúde. No sábado, ao fim do dia, receberam a proposta do Governo que, na perspetiva dos clínicos, não responde, mais uma vez, às exigências de revisão da grelha salarial, nem de redução de horário de trabalho.
Já duram há ano e meio e não há meio de acertarem o passo: Governo e médicos, depois da reunião de sexta-feira com os sindicatos, a tutela comprometeu-se a enviar uma proposta, no sábado, mas só chegou depois da meia-noite e o conteúdo dececionou.
Com um pé atrás, mas ainda com esperança, os sindicatos esperam demover o ministro da Saúde nas questões de que não transigem.
A insatisfação da classe tem feito aumentar as declarações de escusa ao trabalho extraordinário, além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de urgências em todo o país.
Na sexta-feira, os sindicatos exigiram a reposição do horário semanal de 35 horas e de 12 horas no serviço de urgência, e ainda um aumento salarial transversal de 30%. O que acontecer este domingo pode determinar o futuro próximo do SNS.