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Abusos na Igreja: grupo VITA recebeu 62 pedidos de ajuda nos primeiros seis meses

Apesar de fazer um “balanço positivo” dos primeiros seis meses, o grupo VITA reconhece algumas dificuldades e apela a que mais pessoas peçam ajuda. O organismo diz que tem existido um “processo gradual de confiança” por parte das vítimas.

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Mariana Guerreiro

O grupo VITA recebeu 62 pedidos de ajuda e realizou, até ao momento, 42 atendimentos, presenciais e online, desde que entrou em funcionamento, há cerca de cinco meses, anunciou em comunicado.

Os mais de 60 pedidos de ajuda, foram feitos, grande parte, por adultos que terão sido vítimas de violência sexual na infância ou adolescência. Mas também foram registadas algumas “situações de pessoas especialmente vulneráveis e algumas situações mais recentes”.

Atualmente, já foram realizados 42 atendimentos com o intuito de “recolher informação que permita, depois, a devida sinalização e encaminhamento para as entidades competentes”. Já foram sinalizadas 41 situações para estruturas da Igreja e 14 para a Procuradoria Geral da República, referiu a nota.

“Observa-se um equilíbrio em termos de género, variando a idade entre os 16 e os 75 anos”, anunciou o grupo.

Neste momento, 12 pessoas estão a beneficiar de apoio psicológico e outras duas de apoio psiquiátrico. Para além disto, o grupo de apoio às vítimas de abusos sexuais na Igreja sublinha também que têm sido feitas ações de sensibilização e formação das diversas estruturas eclesiásticas.

“Um balanço positivo”

“Fazemos um balanço positivo destes primeiros seis meses e sentimos que existe um processo gradual de confiança por parte de quem nos pede ajuda”, assegura o grupo VITA.

Reconhecem, no entanto, que têm enfrentados algumas dificuldades relacionadas nos processos de comunicação e na articulação com algumas estruturas eclesiásticas.

O primeiro relatório de atividades “Manual de Prevenção de Violência Sexual no Contexto da Igreja Católica em Portugal” será publicado no dia 12 de dezembro.

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