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Tabaco aquecido já devia ter imagens chocantes mas Portugal atrasou-se

Portugal falhou o prazo europeu para colocar imagens chocantes no tabaco aquecido. O Governo quis juntar-lhe a proibição de fumar perto de escolas e hospitais mas este processo também atrasou.

Marta Sobral

Sofia Dias

Pedro Carpinteiro

Gil Barbosa

O ministro da Saúde reconheceu que Portugal não cumpriu a diretiva europeia que obrigava as embalagens de tabaco aquecido a exibir imagens chocantes a partir desta segunda-feira, justificando que o Governo quer apresentar "uma lei boa".

Além da diretiva europeia que obriga o tabaco aquecido a exigir imagens chocantes e a deixar de ter aromas como o tabaco convencional, o Governo queria ir mais longe nas alterações à lei do tabaco. Anunciando que seria proibido fumar à porta de restaurantes, cafés, esplanadas cobertas e ao ar livre, junto a escolas e hospitais.

“Todos os anos em Portugal morrem mais de 16 mil pessoas devido ao tabaco”, sublinha o pneumologista António Morais.

Um dos objetivos do Executivo é evitar que os mais jovens comecem a fumar e atingir a meta de ter uma geração livre de tabaco até 2040.

“Não é uma luta para as pessoas que fumam, até é uma luta para ajudar que deixem de fumar sobretudo para evitar que as crianças e os jovens adquiram o vício de fumar”, explica Manuel Pizarro.

A proposta de lei do Governo ainda não saiu do Parlamento e está a ser discutida na especialidade, depois seguirá para Belém para ser promulgada pelo Presidente da República.

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