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Falta de professores: Matemática e Português são casos mais críticos

A realidade mostra que a profissão de professor está em declínio, sobretudo em disciplinas centrais. Matemática perdeu mais docentes, enquanto Português tem os mais envelhecidos.

Catarina Lázaro

António Soares

Os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, divulgados pelo jornal Público, mostram que o problema é grave em Matemática e Português, mas não é exclusivo destas disciplinas.

Na equação entram também Física e Química, Biologia e Geologia. Em todas o número de professores diminuiu entre 2011 e 2022.

Só a Matemática perdeu mais de 1.700 professores. No ano passado restavam cerca 8.500

A única disciplina que registou um ligeiro aumento foi Educação Física.

Falta sangue novo na profissão

Mas os professores também representam uma classe envelhecida. Na disciplina de Português, mais de 70% dos profissionais estão acima dos 50 anos.

A situação pode agravar-se no futuro. Além das reformas em massa, falta sangue novo na profissão.

Até ao final da década vai ser preciso contratar mais de 1.500 professores de Matemática e quase 3.000 de Português, mas o número de estudantes que se formam nas universidades tem sido insuficiente.

“A procura está a aumentar. Ainda não é suficiente para suprir as necessidades a curto prazo. Temos que encontrar novas formas para privilegiar o acesso ao ensino a outros diplomados”, diz Nuno Neto Rodrigues, da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência.

O estudo mostra ainda que o número de professores contratados nas escolas tem vindo a aumentar, sobretudo nas regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve.

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