Pelo menos 1500 médicos de mais de 20 hospitais já disseram que não vão fazer mais horas extra. O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) admite que algumas urgências podem fechar
Em meados de agosto, o movimento Médicos em Luta fez circular uma carta aberta assinada por mais de mil médicos, que se comprometeram a não fazer trabalho suplementar enquanto o Governo não apresentar soluções.
Pelo menos 1500 médicos, de mais de 20 hospitais de todo o país, já disseram que não vão fazer mais horas extra.
A direção executiva do SNS admitiu esta sexta-feira, num fórum mundial sobre Saúde em Cascais, que o risco de fecho existe.
“Estou seriamente preocupado. Este tipo de abordagem pode pôr em causa o serviço de urgências”, afirmou o diretor-executivo do SNS, Francisco Araújo.
Os administradores hospitalares já estão a reagir e a Ordem dos Médicos garante que vai estar atenta.
Os partidos da oposição responsabilizam o Governo pela crise no SNS, enquanto que o ministro da Saúde diz que a está a tentar resolver o problema.