Marina Gonçalves fez uma visita relâmpago, nesta terça-feira, para ver as obras de requalificação de um bairro social, nos arredores de Valença. As habitações vão ser demolidas para construir seis casas novas. O cartaz promete que a obra é para avançar, só não se sabe quando.
O que a ministra não viu foi as condições onde vive uma família de quatro pessoas que anseia pela casa nova e se prepara para enfrentar mais um inverno.
“O vento a entrar pela janelas. Tenho filhos pequenos, os quartos são pequenos, não cabe [lá] nada. Tem muita humidade”, descreveu Orlanda Dias, uma moradora do bairro social de Passos.
Quanto à carta que o Governo enviou a Bruxelas a pedir instrumentos que assegurem habitação acessível para todos, a ministra descreve-a como uma lista de prioridades.
“Não é um pedido de ajuda. Enviamos uma carta de prioridades. A resposta de Bruxelas é precisamente sim: o tema da habitação é importante do ponto de vista europeu e devemos continuar a discuti-lo. Eu estarei satisfeita quando estes instrumentos concretizarem todas as respostas que precisamos para as famílias”, disse ainda.
Em Portugal, há 77 mil famílias a viver em condições indignas e, por isso, esperam que o programa 1.º Direito não seja apenas palavras.