Dezenas de utentes do Sabugal, no distrito da Guarda, manifestaram-se esta manhã junto ao centro de saúde local. Precisamente no dia em que dois dos sete médicos sairam do concelho. Deixaram mais de 4.000 pessoas sem médico de família.
Aos 500 utentes que já não tinham médico de família, juntam-se mais 3.800 que estão sob os cuidados dos dois profissionais que foram transferidos para outras unidades da Guarda.
É o plano de fundo do protesto desta manhã à porta do Centro de Saúde do Sabugal.
"Já vi muitas vezes ambulâncias chegarem aqui, entrarem e terem de ir embora, por não termos médicos", diz uma utente.
Para já a população conta com cinco médicos - e uma delas só regresa ao serviço dentro de alguns dias depois da licença de maternidade.
Protesto a uma só voz
O problema vem adensando porque além das transferências, há profissionais que se reformam e também não são substituidos. Assim, não só utentes protestam, como também a maioria e a oposição na Câmara do Sabugal.
"Nos últimos tempos foram transferidos dois médicos, mais um por reforma, e espera-se que outros se vão embora. Ficamos num dos maiores concelhos do país", contesta Vitor Cavaleiro, vereador do PS na Câmara do Sabugal.
Protesto a uma só voz num dos concelhos mais extensos e envelhecidos do distrito da Guarda.
Administração fala em falhas provisórias
A administração da Unidade Local de Saúde da Guarda garantiu à SIC estar a efetuar contactos para compensar o que chama de falhas pontuais e provisórias.