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Comer broa de milho? Há regiões em que não o deve fazer

A recomendação é da Direção-Geral da Saúde e da ASAE. É uma medida preventiva e de caráter transitório. Consumo de broa de milho está associado a dezenas de casos suspeitos de toxinfeção alimentar.

SIC Notícias

Os 187 casos suspeitos de toxinfeção alimentar identificados nas últimas semanas na região de Leiria são motivo de preocupação e levaram a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) a emitir uma recomendação sobre o consumo de broa de milho.

Os casos identificados estão ligados ao consumo de broa de milho nesta zona específica do país. Nesse sentido, a DGS e a ASAE, num comunicado conjunto, considera "recomendável que se interrompa o consumo deste alimento" nos “distritos de Leiria (Pombal, Ansião, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande), Santarém (Ourém), Coimbra (Figueira da Foz, Condeixa-a-Nova e Coimbra) e Aveiro (Ílhavo, Vagos)”.

A DGS e a ASAE afirmam que esta “é uma medida preventiva e de caráter transitório (…) até que este alimento seja considerado seguro”.

“No seguimento desta situação, foram implementadas medidas pelas autoridades competentes no sentido da restrição das matérias-primas utilizadas no fabrico da broa de milho que se suspeita estar envolvida, mantendo-se a monitorização desta ocorrência em permanência e em estreita articulação entre todos os envolvidos”, lê-se no comunicado.

Primeiros casos a 28 e 29 de julho

A suspeita de toxinfeção alimentar começou a ser detetada entre os dias 28 e 29 de julho. A situação levou a que tivesse sido iniciada uma investigação que "compreendeu a aplicação de questionários de identificação de sintomas e de exposições suspeitas, nomeadamente consumo de alimentos em diferentes refeições familiares", referiu, na altura, um comunicado da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

No âmbito dessa investigação, que envolveu também a ASAE, foram recolhidas "amostras de produtos alimentares suspeitos para investigação laboratorial" e foram "sequestrados da comercialização os produtos alimentares suspeitos que foi possível identificar e alertados os serviços clínicos para possível chegada de novos doentes".

Segundo o mesmo texto, a sintomatologia observada "foi predominantemente neurológica, nomeadamente secura das mucosas da cavidade oral, dilatação pupilar, visão desfocada, tonturas, quadros de confusão mental e diminuição da força muscular".

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