Os médicos do centro do país começaram esta quarta-feira uma greve de dois dias. O sindicato fala numa adesão de cerca de 90%.
Consultas externas e cirurgias são os serviços em que mais se fazem sentir os efeitos da paralisação, que estava anunciada mas ainda assim surpreendeu muitos utentes.
Por fases, a greve vai chegar a todo o país. O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) diz que para atenuar os efeitos sentidos pelos utentes foram marcadas várias datas para a paralisação em cada uma das regiões do território nacional.
“Esperamos que as pessoas percebam que estamos a fazer isso também por elas”, disse José Carlos Almeida, do SIM.
“Nos últimos dois anos, mais de 2 mil médicos rescindiram contrato com o Estado para fazer contrato individual de trabalho, de modo a ter uma vida pessoal e familiar minimamente decente. Se não invertermos essa situação, o futuro vai ser muito pior para os médicos”, afirmou José Carlos Almeida.
O protesto chega depois da falta de acordo nas negociações com o Governo. Mas os médicos dizem que, além das questões salariais, está em causa também a falta de investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O protesto no centro do país continua durante todo o dia na quinta-feira. Alentejo, Algarve e Açores serão as próximas regiões afetadas, com greve marcada para 30 e 31 de agosto