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Administrador do condomínio do STOP aceita condições da Câmara e assina acordo

Ferreira da Silva reuniu esta tarde na Câmara Municipal, com Rui Moreira. Chegaram a acordo relativo ao “uso das frações autónomas e dos espaços comuns do Centro Comercial STOP”.

Segundo a Associação de Músicos do centro comercial, mais de 500 músicos ficam “sem ter para onde ir”.
JOSÉ COELHO

Mariana Guerreiro

Lusa

O administrador do condomínio do STOP aceitou as condições da Câmara do Porto relativamente a uma "solução temporária, provisória e condicionada" que permita a utilização imediata dos espaços no centro comercial e assinou um termo de compromisso e responsabilidade.

Em causa está a “utilização, de forma imediata, dos espaços para as atividades de ensaio e gravação musical existentes no centro comercial”, lê-se em comunicado enviado às redações pela Câmara do Porto.

O que implica o Termo de Compromisso e Responsabilidade?

  • "Adotar e de fazer adotar comportamentos de segurança e de medidas de autoproteção e mitigação de risco contra incêndios", tendo a responsabilidade de “manter operacionais os meios de primeira intervenção (extintores e rede de incêndio armada) disponibilizados pelo Município do Porto”;
  • "Divulgar e incentivar à frequência dos utilizadores regulares da formação de combate a incêndios de primeira intervenção";
  • “Respeitar um período de funcionamento do STOP de 12 horas diárias”;
  • "Zelar pela correta utilização da instalação elétrica, bem como garantir o uso correto de todos os equipamentos elétricos e eletrónicos";
  • "Respeitar uma lotação máxima adequada";
  • “Colaborar com o Regimento dos Sapadores Bombeiros (RSB) na implementação e execução de um procedimento de alerta direto ao RSB”

No final da reunião, administrador do condomínio do STOP disse aos jornalistas que o "condomínio não tem outra solução senão aceitar as condições da câmara".

"Da nossa parte não há nenhum inconveniente", garantiu, ainda, Ferreira da Silva, mostrando-se confiante pela reabertura do STOP em breve.

Cerca de mil pessoas desfilaram, nesta segunda-feira, no Porto exigindo o regresso dos músicos desalojados ao Centro Comercial STOP, numa caminhada cumprida sob o mote "o STOP é nosso e há de ser", reclamando a importância daquele polo cultural.

A insatisfação em torno do sucedido na terça-feira da semana passada, com a selagem de mais de uma centena de lojas no Stop, um centro comercial com cerca de 40 anos, que a Câmara do Porto entende ser perigoso de frequentar e trabalhar devido à falta de segurança, ganhou hoje a força dos números nas ruas do Porto.

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