O administrador do condomínio do STOP aceitou as condições da Câmara do Porto relativamente a uma "solução temporária, provisória e condicionada" que permita a utilização imediata dos espaços no centro comercial e assinou um termo de compromisso e responsabilidade.
Em causa está a “utilização, de forma imediata, dos espaços para as atividades de ensaio e gravação musical existentes no centro comercial”, lê-se em comunicado enviado às redações pela Câmara do Porto.
O que implica o Termo de Compromisso e Responsabilidade?
- "Adotar e de fazer adotar comportamentos de segurança e de medidas de autoproteção e mitigação de risco contra incêndios", tendo a responsabilidade de “manter operacionais os meios de primeira intervenção (extintores e rede de incêndio armada) disponibilizados pelo Município do Porto”;
- "Divulgar e incentivar à frequência dos utilizadores regulares da formação de combate a incêndios de primeira intervenção";
- “Respeitar um período de funcionamento do STOP de 12 horas diárias”;
- "Zelar pela correta utilização da instalação elétrica, bem como garantir o uso correto de todos os equipamentos elétricos e eletrónicos";
- "Respeitar uma lotação máxima adequada";
- “Colaborar com o Regimento dos Sapadores Bombeiros (RSB) na implementação e execução de um procedimento de alerta direto ao RSB”
No final da reunião, administrador do condomínio do STOP disse aos jornalistas que o "condomínio não tem outra solução senão aceitar as condições da câmara".
"Da nossa parte não há nenhum inconveniente", garantiu, ainda, Ferreira da Silva, mostrando-se confiante pela reabertura do STOP em breve.
Cerca de mil pessoas desfilaram, nesta segunda-feira, no Porto exigindo o regresso dos músicos desalojados ao Centro Comercial STOP, numa caminhada cumprida sob o mote "o STOP é nosso e há de ser", reclamando a importância daquele polo cultural.
A insatisfação em torno do sucedido na terça-feira da semana passada, com a selagem de mais de uma centena de lojas no Stop, um centro comercial com cerca de 40 anos, que a Câmara do Porto entende ser perigoso de frequentar e trabalhar devido à falta de segurança, ganhou hoje a força dos números nas ruas do Porto.