O Ministério Público de Oliveira do Hospital está a investigar um culto que se instalou naquele concelho do distrito de Coimbra. O líder, que reclama a autonomia do Pineal Kingdom, em português o Reino do Pineal, não acredita que a terra seja redonda ou que o homem tenha pisado a Lua. As autoridades querem esclarecer se as crianças que ali vivem têm direito constitucional à educação.
O autodenominado Reino do Pineal está identificado no Google Maps, no extremo do distrito de Coimbra a 20 quilómetros de Oliveira do Hospital. Ninguém sabe ao certo quantas pessoas vivem no terreno de quase cinco hectares comprado pelo jogador de futebol Pione Sisto.
A ligação do internacional dinamarquês, nascido no Sudão, tem despertado a curiosidade dos jornalistas dinamarqueses que desconhecem o paradeiro do jogador do Midtylland.
O portão encerrado do Pineal Kingdom não foi aberto à SIC nem à revista visão que divulgou a presença do culto. E é de culto que estaremos a falar?
É na internet que o grupo escancara a janela para o que quer mostrar intramuros. Conheceram-se na internet em contexto de pandemia. Dizem que chegaram a Portugal em 2020 com 44 membros, estava então o mundo fechado em casa.
Pregam a comunhão com a natureza, desligados da Matrix que existe fora do perímetro da herdade, dizem-se mais capacitados dos que os outros para lidar com o que espera a humanidade.
À chegada apreciaram o conforto que os antigos proprietários deixaram na antiga quinta dos sete poços.
Há muito que o concelho de oliveira do hospital tem estrangeiros residentes, mas de uma comunidade como esta não há memória.
Evidências que levaram a autarquia a participar o caso à comissão de proteção de crianças e jovens e esta, que nunca obteve resposta da comunidade,
passou o caso ao Ministério Público.
No Tribunal, a Procuradora da República investiga se está a ser cumprido o direito à educação das crianças que ali vivem. É na autarquia que se acumulam queixas contra a comunidade anónimas e assinadas.