Há mais uma polémica a envolver o nome do médico Diogo Ayres de Campos. O antigo diretor do serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Santa Maria exonerado a semana passada é agora alvo das críticas da Ordem dos Médicos.
Há cerca de um mês a Direção-Geral de Saúde (DGS) publicou a norma 002 de 2023: é um manual de 16 páginas com as boas práticas que devem ser seguidas por todos os profissionais de saúde durante o parto.
A orientação formalizou a possibilidade dos enfermeiros decidirem o internamento de uma grávida, de baixo risco, e realização do parto, desde que de forma natural, sem qualquer instrumentalização.
Decisões que foram à data alvo de críticas por parte da Ordem dos Médicos que um mês depois, vem pedir o afastamento de Diogo Ayres Campos, o médico que coordenou o grupo de trabalho.
Numa carta dirigida à Direção-Geral de Saúde (DGS), o bastonário fala em perda de confiança e pede o afastamento do médico enquanto coordenador do grupo de trabalho que definiu os cuidados de saúde durante o parto.
É um ultimato que exige a saída do obstetra. O bastonário da Ordem dos Médicos "expressa a perda de confiança institucional no Dr. Diogo Ayres Campos" a quem acusa de "total desrespeito" por ignorar os contributos que foram dados pelos médicos nomeados pela Ordem.
O obstetra estranha o momento das críticas que surgem uma semana depois de ter sido exonerado do cargo de diretor do serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Santa Maria por ter assinado uma carta que põe em causa o plano que prevê a transferência da maternidade para o Hospital S. Francisco Xavier durante o período de obras.
A DGS nada diz quanto à continuidade de Diogo Ayres de Campos que à SIC garante que está disponível para continuar à frente do grupo de trabalhos.