Mais de 1500 quilómetros e duas horas de voo separam Gowi Nee Bu, que significa "Bem-vindo", da antiga casa, um jardim zoológico francês. Agora, a nova morada deste coala macho fica em Lisboa.
O animal faz parte de uma espécie em vias de extinção e muito ameaçada. É aqui que entra o Jardim Zoológico de Lisboa, que assume um papel bastante complexo.
"É importante criar um banco genético, um grupo de animais geneticamente saudáveis de forma a que possam, sempre que possível, ser introduzidos na natureza. O nosso trabalho não se resume à reprodução de animais. Em caso de alterações climáticas ou mudanças extremas de ambiente, há sempre algum indivíduo que vai ter as características necessárias para sobreviver", explica à SIC Laura Dourado, do Jardim Zoológico de Lisboa.
O que se espera é que em poucos dias o coala possa já ser visto pelos visitantes no exterior, mas primeiro é preciso garantir que fica bem instalado na nova casa.
"Tem que se adaptar à instalação nova, à comida nova, ao cheiro novo, ao ambiente novo, é tudo novo. Daqui a uma semana, vamos verificar se ele está bem. A partir daí, podemos começar a pensar noutras coisas, nomeadamente, trazê-lo para a instalação exterior", adianta Maria da Paz, tratadora.
Há mais de 20 anos que o Jardim Zoológico de Lisboa recebe animais de outros espaços e o balanço da adaptação tem sido bastante positivo. Assim se deseja que aconteça com o novo inquilino, que vai juntar-se a uma fêmea na esperança de que, num futuro próximo, o público possa visitar uma nova cria.