50 imigrantes passaram a noite no Quartel de Bombeiros do Montijo, depois da megaoperação de ontem da Polícia Marítima contra o tráfico humano na apanha ilegal de amêijoa.
Esta quinta-feira de manhã os 50 imigrantes estão a ser ouvidos por técnicos da Segurança Social que procuram perceber os crimes de que foram vítimas.
Da mesma forma, está também a ser avaliado o tipo de resposta a dar a estes imigrantes, dependendo da sua situação familiar.
Os que não tiverem familiares ou amigos com quem ficar serão levados para centros de acolhimento e todo este processo deve começar ainda esta quinta-feira. Por isso, os imigrantes terão agora apoio apoio legal e também apoio de saúde.
Na quarta-feira, foram cumpridos 10 mandados de detenção e cerca de 30 buscas domiciliárias. Centenas de imigrantes ilegais foram identificados.
As autoridades têm como objetivo travar uma rede de tráfico de pessoas, que estiveram envolvidas na apanha ilegal de amêijoa.
A operação contou com 150 agentes da Polícia Marítima e teve a ajuda do SEF, da Autoridade Tributária, da Unidade Especial da PSP e dos Serviços de Informações de Segurança.
Já o presidente da Câmara de Alcochete afirmou também na quarta-feira que não estava surpreendido com a megaoperação de combate ao tráfico de seres humanos a decorrer naquele concelho e defendeu a criação de uma `task-force´ para combater o problema.
Na localidade do Samouco todos os dias centenas de mariscadores, muitos deles imigrantes de origem asiática, dedicam-se à apanha ilegal de amêijoa.